O Dia Nacional dos Avós assinala-se hoje em todo o país pelo segundo ano consecutivo. Festas, bailes, "ateliers" de artes plásticas e até torneios de minigolfe marcam o dia em várias localidades portuguesas.

A Câmara de Pombal tem programado um torneio de minigolfe entre avós e netos, no Jardim Municipal do Cardal, a partir das 10h00.

Em Lisboa a junta de freguesia de Marvila escolheu o Mercado da Ribeira para uma tarde dançante que reunirá 450 idosos.

Já em Sintra, mil avós e netos participam num almoço e baile na Quinta dos Cedros, no Linhó.

Também para dançar, 500 idosos de Santo Tirso, entre os quais uma mulher de 101 anos, assinalam o Dia Nacional dos Avós numa discoteca local. A iniciativa será animada por dois especialistas em danças de salão recrutados na escola do Porto da Alunos de Apolo.

Nas comemorações da Câmara de Loures inclui-se a "Hora do Conto para netos e avós", um desfile de moda intitulado "Avós na Moda", bem como uma marcha dos Santos Populares e uma actuação da tuna do Centro de Dia de Loures.

A Câmara Municipal de Braga assinala o dia nos Jardins da Avenida Central com a actuação de dois grupos musicais da Universidade Minhota do Autodidacta e da Terceira Idade e da Universidade Bracarense do Autodidacta da Terceira Idade. Naquele espaço será também instalado um "atelier" de artes plásticas para pintar um mural. Ainda em Braga, o parque de diversões Bracalândia concede entrada gratuita a todos os avós que, acompanhados dos netos, escolherem aquele espaço para celebrar o dia.

A criação do Dia Nacional dos Avós foi aprovada na Assembleia da República no dia 22 de Maio de 2003 por iniciativa da deputada social-democrata Ana Manso.

Dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que a população com mais de 65 anos de idade constitui 16,35 por cento dos portugueses e que as pessoas com idades compreendidas entre 50 e 60 anos rondam os 24 por cento.

A proposta da deputada sustentava que os avós desempenham um papel primordial na educação dos seus netos, substituindo os pais, ausentes do convívio familiar durante a maior parte do dia.

Em Portugal escasseiam as estruturas de apoio familiar, concentradas em meios urbanos, e os pais trabalham cada vez mais fora de casa para auferir um rendimento familiar capaz de suprir as necessidades básicas da vida actual, notava a mesma deputada.

Um estudo comparativo das políticas familiares na Europa dos Quinze, entre 1990-2004, revelou que Portugal é um dos países em que as famílias monoparentais mais trabalham a tempo inteiro, pelo que os chamados serviços informais de guarda - a família, os avós - são os mais usados.