UNESCO aprova monumentos de Macau para Património da Humanidade

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O Templo de A-Má está situado no Largo da Barra DR

Do Largo da Barra, onde está situado o Templo de A-Má, a deusa protectora dos pescadores e da cidade, passando pelo Largo do Lilau, junto ao qual se ergue a denominada Casa do Mandarim e que marca as recordações da comunidade macaense, seguindo pelo Largo de Santo Agostinho, do Senado, da Sé, S.Domingos e da Companhia de Jesus atravessamos parte da cidade marcada por construções chinesas misturadas com a traça europeia. Essa influência europeia está vincada nas fachadas das igrejas como S. Lourenço ou São José.

Entre templos chineses, igrejas católicas, edifícios antigos, como o do Leal Senado, e fortalezas como o Quartel dos Mouros, a Fortaleza do Monte ou a Fortaleza da Guia, em redor da qual estavam situados alguns dos principais pontos de defesa da cidade, a história de Macau é revisitada e deixa à vista a evolução da cidade e convivência das culturas.

"O património histórico de Macau é produto único de mais de 400 anos de intercâmbio cultural entre o Mundo ocidental e a civilização chinesa", lê-se na apresentação da candidatura de Macau.

Segundo o documento, a candidatura macaense justifica-se porque o "património arquitectónico predominantemente de raiz portuguesa, ergue-se por entre construções de arquitectura tradicional chinesa no povoado histórico, evidenciando um notório contraste".

"Parte dos monumentos existentes constituem o grupo de monumentos arquitectónicos de raiz europeia mais antigo, mais completo e mais bem consolidado que ainda se mantém intacto em solo chinês", refere o texto da candidatura.

A zona de candidatura, apresentada à UNESCO, coincide com núcleo da área correspondente ao primeiro povoado ocidental em Macau, também conhecido como "cidadã-cristã" no contexto da história do território.

"O estabelecimento de Macau por navegadores portugueses, em meados do século XVI, lançou as bases de quase cinco séculos de contacto ininterrupto entre o ocidente e o oriente", afirma a nota de candidatura.

"As origens do desenvolvimento de Macau como porto comercial internacional fazem do mesmo o único e mais consistente exemplo do intercâmbio cultural entre Europa e Ásia", assegura o mesmo texto.

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