"Adriana" parece repegar no universo de João César Monteiro, ironizando sobre uma espécie de percurso inverso de "Veredas", de que Margarida Gil era o centro físico, e fazendo uma caricatura do país, entre uma ilha claustrofóbica, uma Lisboa nocturna e patética e um Norte irrisório de terratenentes e de pequenos aldrabões. A protagonista atravessa "virgem" esta via sacra de alusões e de mentiras, para regressar ao ponto de partida, numa "peregrinação" recheada de figuras caricatas. Extraordinárias são as prestações de Bruno Bravo, um "travesti" de Amália a atravessar a noite, e de Isabel Ruth (a mãe), figura de acolhimento complexa e desconcertante, Se o todo aparece como desconexo, o divertimento atinge os seus objectivos, entre o tráfico de sentimentos e a exposição das fragilidades de um país minúsculo e mesquinho. <p/>
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: