Mesmo que não se leve "Adriana" à letra, como Margarida Gil pediu, mesmo aceitando que o tom é de fábula, o filme afigura-se exacerbadamente caricatural. Ao ponto de não haver personagens, só caricaturas, ao ponto do esforço de abstracção (de descolagem da realidade) não encontrar na comédia de situa-ções e de linguagem (a tónica ex-cessiva dado ao sotaque de Ana Moreira, que protagoniza uma ingénua açoriana em digressão continental, uma espécie de Alice num país de excentricidades) a tonalidade mais acertada. É um filme que desafia classificações, é um filme que recusa fixar-se, o que é louvável (ou, no mínimo, intrigante), mas resta saber até que ponto os seus desequilíbrios e ligeireza contribuem para esse efeito. <p/>
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