Vírus de Marburg já fez 192 mortos em Angola

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Esta doença é considerada rara e de elevado risco de contágio Reuters

A epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus de Marburg já matou 192 pessoas em Angola, num total de 213 casos registados, anunciaram hoje o Ministério da Saúde angolano e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este novo balanço da epidemia apresenta um aumento de oito mortos relativamente aos dados anteriores, mantendo-se o número de casos registados pelas autoridades sanitárias.

Todos os casos continuam a ter origem na província do Uíje, no norte de Angola, onde está localizado o foco da epidemia.

Para tentar controlar o alastramento da doença, as autoridades sanitárias estão a acompanhar 483 pessoas que tiveram contactos com doentes infectados com o vírus, das quais 360 na província do Uíge, 93 na província do Cuanza Sul, 20 em Luanda e 10 na província do Zaire.

O primeiro caso desta doença foi registado no Uíje a 13 de Outubro do ano passado, mas a situação apenas foi tornada pública no início de Março, na sequência da morte de duas enfermeiras do Hospital Provincial do Uíje.

O combate à epidemia de Marburg está a ser assegurado por várias dezenas de especialistas da OMS, do Centro de Controlo de Doenças de Atlanta, EUA, e dos Médicos Sem Fronteiras, que se deslocaram para a província do Uíje, num esforço conjunto com as autoridades angolanas para tentar evitar a propagação da doença.

Esta epidemia de febre hemorrágica é provocada pelo vírus de Marburg, que tem como principal vector o macaco verde, sendo o contágio feito através de contacto com fluidos corporais de indivíduos infectados.

Trata-se de uma infecção viral, do grupo de radovírus, da mesma família do Ébola, que se manifesta clinicamente por uma síndrome febril hemorrágica, apresentando como primeiros sintomas dores de cabeça e musculares, febre alta, indisposição, vómitos, diarreia e náuseas.

Esta doença é considerada rara e de elevado risco de contágio, apresentando, até ao momento, em Angola, uma taxa de mortalidade de 90 por cento dos casos.

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