Um Tiro no Escuro

Não se faz um bom filme policial em Portugal há quase vinte anos, quando Joaquim Leitão se estreou com o muito urbano e muito at-mosférico "Duma Vez Por Todas". Não é que à partida a expectativa fosse muita, mas "Um Tiro no Escuro" dava para alimentar a hipótese de ser "desta". Desa-pontamento: é um filme que se limita a seguir tiques de policial, não tem respiração (sufoca mesmo o argumento), não tem ambiente, não tem personagens, nem espaço, nem tempo (stop). Usa uma escala de planos de tele-novela, embaraça-se em novelos melodramáticos que não sabe desembaraçar (a cena final no aeroporto é confrangedora). O desastre é tão grande que só pede condescendência. <p/>

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