Maria Cheia de Graça

Uma curiosa proposta de cinema "realista", que até por isso é mais interessante enquanto não tenta "melodramatizar".

O filme de Joshua Marston é melhor enquanto permanece fria e objectivamente descritivo: as sequências na Colômbia, com o processo de recrutamento e a explicação do "sistema", a viagem, a passagem no controlo de fronteira em Nova Iorque, o acolhimento das raparigas-correio. A parte final, onde a palavra "vítima" talvez se sublinhe em excesso, é menos concisa, francamente mais indistinta. A protagonista, Catalina Sandino Moreno, é um achado, com um olhar que reflecte aquela obstinação "animal" de outras heroínas adolescentes conhecidas de outros filmes.

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