O Maquinista

Vagas remissões para o universo de David Lynch ("Estrada Perdida" vem ao espírito), vagas alusões a figuras clássicas de "perdição" ("Nosferatu", pois, pois), uma estrutura que se embrulha no embrulho da estrutura de "Memento", um ambiente "industrial" e cheio de maquinaria pesada que por alguma razão se presta muitas vezes a "filmesenigma" (os "Doze Macacos" de Gilliam também passeiam por aqui).

Tudo regido por uma mão alheia a qualquer noção de subtileza, que tem mau gosto até no mau gosto (e dá cabo até do que pareceria aceitável, como a sequência no comboio-fantasma): é Brad Anderson, o "maneirista". Como exercício narrativo é redundante, cheio de "clichés", e feio, muito feio. Sobra a "performance" de Christian Bale; ou melhor, sobrava, se o filme não fizesse questão de a exibir como troféu e carta de recomendação ao mesmo tempo.

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