Um filme pastelão

Wolfgang Petersen pode não ser génio nenhum, mas não costuma ser um cineasta aborrecido. Filmes como "Air Force One" ou "A Tempestade" são bons exemplos de "blockbusters" onde a promessa de espectáculo não se cumpre apenas pelo aparato ou pela chinfrineira dos efeitos sonoros. Daí que de "Tróia" se esperasse mais qualquer coisa. Descobre-se, e é pena, um pastelão, todo feito de solenidade (é a "antiguidade", é "A Ilíada", não é brincadeira nenhuma), com um Brad Pitt mais baço do que nunca e uma inesperada falta de imaginação, seja para as cenas mais espectaculares dos combates seja para as cenas intimistas da intriga palaciana. Só os meios é que não são banais em "Tróia".

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