Primeiro troço da A25 abriu entre Guarda e Vilar Formoso

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O troço da Auto-Estrada das Beiras Litoral e Alta (A25) entre a Guarda e Vilar Formoso abriu pela primeira vez ao trânsito automóvel esta tarde, ainda num ambiente de realização de obras e alguma confusão de trânsito.

Sem qualquer cerimónia oficial ou presença de entidades, o troço da A25, com uma extensão de 34 quilómetros, antes integrados no IP5, começou a receber tráfego cerca das 15h30, por vezes de forma alternada em alguns troços.

A Lusa fez o percurso desta nova via de acesso até à fronteira de Vilar Formoso, tendo constatado um elevado número de locais em obras, nomeadamente nos nós de acesso, pavimentação, sinalização e outros ainda com obras de engenharia, como é o caso da Ponte do Côa. A estrada nacional 16, que também liga Guarda a Vilar Formoso, funcionou como alternativa aos desvios do trânsito, que hoje registava elevado número de camiões de transportes internacionais de mercadorias.

Fonte do dispositivo da Brigada de Trânsito da GNR da Guarda foi destacado desde o princípio da tarde para ordenar a circulação na área servida pelo troço da A25. Porém, a AENOR- Auto-estradas do Norte (grupo que congrega a LUSOSCUT, concessionária da A25) informou que "não se trata de uma abertura ao tráfego, mas tão somente de uma fase da obras, uma vez que os trabalhos correspondentes só estarão concluídos na segunda quinzena de Dezembro de 2003".

Exceptua-se a Ponte sobre o Rio Côa, a poucos quilómetros de Vilar Formoso, que está a ser duplicada com a construção de uma outra, de grande altura, cujo prazo de conclusão está previsto para Maio de 2004.

Segundo o Instituto de Estradas de Portugal (IEP), a construção do troço da A25 que liga Guarda a Vilar Formoso corresponde a investimentos superiores a 1,5 milhões de euros, decorrendo ainda obras de beneficiação do pavimento no troço de dois quilómetros de ligação da A25/IP5 a Vilar Formoso, no valor de 140 mil euros.

O troço hoje aberto ao trânsito é servido pelos nós Guarda/ A23 (Auto-estrada da Beira Interior), Alto de Leomil/Almeida, Pínzio/Pinhel e Vilar Formoso.

O Governador Civil da Guarda, Joaquim Lacerda, manifestou "grande satisfação pela abertura de uma via fundamental para o desenvolvimento do interior, em particular do distrito da Guarda e para as ligações mais seguras com a Espanha e Europa". Aplaudiu ainda a decisão de iniciar o trânsito automóvel "no que foi possível abrir neste troço, atendendo à necessidade de haver segurança e comodidade do tráfego que, devido à realização das obras, não era possível".

Joaquim Lacerda lamentou a ocorrência de acidentes durante o período dessas obras, "alguns dos quais com consequências muito graves, por vezes atribuíveis à impaciência dos condutores em seguirem em fila, atrás sobretudo de veículos de transportes pesados TIR que utilizam esta via em elevado número".

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