O realismo britânico transformou-se em surrealismo sem britânicos. Stephen Frears, o "arrache-coeurs", não se limita a expor um dilema social - a integração dos imigrantes sem papéis -, dá-lhes a visibilidade que lhes é negada, povoando o seu filme inteiramente com eles. Essa é a primeira vingança, a segunda cabe ao argumento, um prodígio de escrita. "Estranhos de Passagem" mete-se abruptamente pelo "thriller" adentro, desferindo o seu programa político sem pedantismos, antes em diálogos cortantes que parecem saídos de um filme de gangsters. A isto acresce um excelente trabalho de actores e a descoberta de um rosto pungente, o de Chiwetel Ejiofor. Um filme urgente.
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