"Matrix Revolutions" estreia hoje em todo o mundo à mesma hora

"Matrix Revolutions” estreia hoje em todo o mundo à mesma hora O filme mais aguardado da trilogia surge envolto de secretismo e emoção, e vai resolver o conflito entre os homens e as máquinas. Hoje, espera-se que em todo o mundo — e exactamente à mesma hora — milhares de fãs encham salas de cinema. As expectativas são altas e o controlo antipirataria ainda maior

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Neo e o agente Smith começam hoje a batalha que conclui a saga "Matrix" Warner/AP

Mais de 50 países aguardam hoje com grande expectativa estreia mundial de “Matrix Revolutions”, que ocorrerá simultaneamente em dezenas de cidades. Em Portugal, a estreia às 14h00, a mesma hora de Londres, e quando em Los Angeles são 6h00, 9h00 em Nova Iorque, 17h00 em Moscovo e 23h00 em Tóquio.

Esta estreia em simultâneo, a primeira vez na história, surge envolta de um secretismo tal que, além das habituais medidas para evitar a pirataria, foram tomadas precauções especiais: nas salas de cinema francesas, por exemplo, os supervisores estarão munidos de óculos de visão nocturna para impedir filmagens dentro da sala de projecção. Há dois dias, em Paris, na sala de projecção destinada à imprensa francesa, homens de roupa escura (à semelhança do agente Smith de “Matrix”), vasculharam sacos e bolsas à entrada de um grande cinema dos Campos Elíseos e apalparam os bolsos dos jornalistas que entravam na sala. Tudo em nome da prevenção da pirataria.

Em Portugal será mais discreto, mas o cenário não é muito diferente: além do controlo à entrada das salas de visionamento de imprensa, os fãs do “Matrix” que não pensem filmar seja o que for dentro das salas, pois também serão controlados. O supervisionamento vai estar a cargo de cada cinema e cada cópia que foi distribuída está numerada, diz Cátia Neves, executiva de marketing da Columbia TriStar Warner. A ideia é evitar “cópias pirata”: o número é imperceptível a olho nu, mas fica registado na gravação amadora.

“Em qualquer projecção há sempre o mínimo de supervisionamento para impedir a pirataria, mas em grandes filmes como o ‘Matrix’ ou ‘O Senhor dos Anéis’ o controlo é maior”, diz Cátia Neves. Ainda que em Portugal o controlo não seja ainda tão rigoroso como no estrangeiro — é a primeira vez que este tipo de medidas são usadas em Portugal — a Warner garante que “vão continuar a ser aplicadas” no futuro.

Smith já pode voar

“Matrix Revolutions” surge quatro anos depois do aparecimento do primeiro filme da série, que ganhou quatro Óscares em 2000 e bateu o recorde mundial de bilheteiras com 460 milhões de dólares. O segundo, “Matrix Reloaded”, já atingiu 734 milhões de dólares de receitas mundiais e é o filme de classificação R (de “restrição” — interdito a menores de 17 anos não acompanhados) mais rentável de sempre. “Matrix Revolutions” foi rodado ao mesmo tempo que “Reloaded”, de modo a serem lançados com apenas seis meses de distância. Hoje, o universo Matrix inclui filmes, jogos de computador e DVDs.

“Revolutions” fecha assim a trilogia da “Matrix”, dos irmãos Wachowski, resolvendo o conflito entre os humanos e as máquinas. Desta vez o maior problema de Neo não é apenas salvar a humanidade, mas combater o agente Smith, que desenvolveu os mesmos poderes que ele — agora Smith pode voar, lutar como Neo e destruir Zion, já que ele se tornou uma espécie de vírus dentro da Matrix — e apenas Neo o pode deter.

O capítulo final da trilogia acaba com a longa espera dos rebeldes pela liberdade, que culmina numa batalha explosiva. Enquanto o Exército das Máquinas espalha a destruição em Zion, os cidadãos montam uma defesa agressiva. Escrito e realizado pelos Wachowski, e produzido por Joel Silver, “The Matrix Revolutions” traz-nos, mais uma vez, Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carri-Anne Moss, Hugo Weaving e Jada Pinkett Smith nos papéis principais. A grande novidade no elenco é Mary Alice, no papel de Oráculo, substituindo a actriz Gloria Foster, que morreu durante as filmagens de “Reloaded”.

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