Campeonatos do Mundo de hóquei: Portugal quer continuar a mandar em casa

Foto
PUBLICO.PT

Nos oito Campeonatos do Mundo de hóquei em patins já realizados em Portugal, a selecção nacional acabou sempre por sair vencedora.

A partir de amanhã, é a essa tradição que a equipa de Vítor Hugo se vai colar para tentar conquistar no Pavilhão Dr. Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis, o seu 15º título mundial e acabar, após três anos de um domínio intenso, com a hegemonia recente da Espanha. O factor "casa" não é absoluto para o palmarés português - seis medalhas de ouro foram conquistadas em solo estrangeiro, incluindo o último título, assegurado em Itália por um penalti de Filipe Santos na já distante temporada de 1993 -, mas é, dizem os números, uma grande ajuda.

Inserida no grupo D, a selecção portuguesa debuta amanhã diante da França, o mais difícil obstáculo na primeira fase. Dois dias depois, os atletas de Vítor Hugo defrontam a formação holandesa, terminando a primeira fase com um confronto com a Alemanha. Competição mais a sério para Portugal só mesmo nas fases seguintes, em que, por capricho do sorteio, lhe deverá aparecer no caminho o Brasil, quartos-de-final, e depois a Argentina, nas meias-finais. O prognóstico até aos jogos de acesso à final continua a ser dinheiro certo nesta modalidade. Neles estarão Espanha, Itália, Portugal e Argentina, com permissão da França, uma selecção que continua a evoluir e a aproximar-se dos quatro "grandes", nomeadamente dos transalpinos.

Sem investimento nas camadas jovens, a selecção italiana, desta vez orientada por Carlos Dantas, antigo treinador do Benfica, voltou a apostar nos seus veteranos e numa selecção consistente - Orlandi, Mirko e Alessandro Bertolucci e companhia. A campeã europeia e mundial Espanha, ao invés, mistura juventude e veterania, a fórmula do êxito nos últimos três anos. A Argentina, favorita no Grupo B, é outra candidata, mas chega a Portugal sem o melhor jogador do mundial de San Juan, Panchito Velasquez, devido a problemas disciplinares.

A aposta lógica de Portugal

A escolha de jogadores de Vítor Hugo, seleccionador de Portugal, mantém a tendência dos últimos anos, apesar de as entradas de Ricardo Figueira (FC Porto) e Luís Viana (Óquei de Barcelos) garantirem alguma transição. Três hoquistas do Barcelos (Paulo Almeida, Pedro Alves e Sérgio Silva), dois do FC Porto (Reinaldo Ventura e Filipe Santos), um do Réus, de Espanha (Ricardo Pereira), um do Gulpilhares (Guilherme silva) e um do Portosantense (João Miguel) completam o plantel. Filipe Gaidão, por outro lado, é a grande ausência da selecção e a verdade é que Portugal denotou a falta da sua referência no ataque durante os jogos de preparação, nos quais avolumou algumas derrotas inesperadas. O agora jogador do FC Porto sofreu uma lesão grave durante o Verão após uma queda numa piscina e ainda não recuperou.

Grupos:

A - Espanha, Moçambique, Suíça e Inglaterra

B - Argentina, Chile, Angola e Colômbia

C - Itália, Brasil, EUA e Andorra

D - Portugal, França, Alemanha e Holanda

Sugerir correcção
Comentar