Júlio Pomar distinguido com Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso

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Júlio Pomar é um dos nomes mais importantes da arte contemporânea portuguesa DR

O mestre Júlio Pomar foi distinguido com o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, que consagra uma carreira dedicada às Belas Artes portuguesas, anunciou hoje a organização da Bienal de Arte Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante.

Júlio Pomar, nascido em Lisboa em 1926, é actualmente um dos nomes mais importantes da arte contemporânea portuguesa. A primeira exposição individual do artista, actualmente a viver em França, realizou-se em 1942.

Em comunicado, a organização da bienal revelou ainda que a pintora Ana Vidigal venceu o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, o outro galardão atribuído no âmbito do certame e que visa premiar um novo valor das artes contemporâneas portuguesas.

Na sequência deste prémio, Ana Vidigal vai receber 7500 euros e terá direito a ver a sua obra premiada — uma colagem sobre tela intitulada "Ficou um pouco pensativa e depois respondeu lentamente: sim, podes" — a integrar a exposição permanente do Museu Municipal de Amarante, que organiza a bienal.

A quarta edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso foi a mais concorrida de sempre, tendo registado a inscrição de 705 obras de 475 artistas, a maior parte dos quais portugueses. O júri seleccionou 91 obras da autoria de 69 artistas para o concurso deste ano.

A exposição das nove dezenas de obras seleccionadas para o concurso vai decorrer entre 13 de Setembro e 2 de Novembro, em simultâneo com uma exposição retrospectiva da obra do mestre Júlio Pomar.

Amadeo de Souza-Cardoso, uma das principais figuras da vida artística portuguesa dos princípios do século XX, nasceu a 14 de Novembro de 1887, em Manhufe, Amarante, e morreu a 25 de Outubro de 1918, em Espinho.

Na sua curta vida de 31 anos, o pintor, que viveu vários anos no estrangeiro e conviveu com alguns dos principais nomes das Belas Artes da época, apenas realizou uma exposição individual. A mostra, que integrava 111 trabalhos da sua autoria, tinha o nome genérico de "Abstraccionismo" e esteve patente no Salão do Jardim Passos Manuel, no Porto. O estilo de Amadeo chocou o público portuense e a exposição foi um escândalo, apesar de ter sido defendida num manifesto assinado por Almada Negreiros.

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