Morreu antigo ditador do Uganda Idi Amin

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Idi Amin era acusado de ser um dos tiranos mais sanguinários EPA

O antigo ditador ugandês Idi Amin Dada morreu hoje de manhã num hospital em Djeddah, na Arábia Saudita, onde estava exilado desde 1983.

Numa conversa telefónica com a AFP, o porta-voz do actual Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, afirmou que "Amin pagou pelos seus pecados".

Idi Amin, 78 anos, estava internado há várias semanas na unidade de cuidados intensivos do hospital do rei Faisal, em Djeddah.

O ditador vivia no exílio na Arábia Saudita há 20 anos.

O reinado de terror de Idi Amin começou em 1971, depois de ter forçado Milton Obote a sair do poder. Em 1979 foi destituído pela Frente Nacional de Libertação do Uganda e pelo Exército da Tanzânia. Durante esse tempo, entre 100 e 300 mil pessoas terão sido mortas.

O Presidente do Uganda, Yoweri Kaguta Museveni, afirmou, no dia 21 de Julho, que se Idi Amin regressasse ao país seria acusado pelas suas “atrocidades”.

Uma das mulheres de Amin pedira autorização ao Governo ugandês para repatriar o seu marido para que pudesse morrer no seu país.

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch respodeu a este pedido afirmando que Idi Amin deveria passar os seus últimos anos de vida na prisão, em vez de no confortável exílio saudita. “Lamentamos que Idi Amin esteja às portas da morte e não tenha enfrentado a justiça”, disse Reed Brody, director de investigações especiais da HRW, com sede em Nova Iorque.

“Amin era um dos tiranos mais sanguinários. É cada vez mais fácil perseguir os ditadores fora do seu país. Infelizmente, isso já não será possível para Amin", disse Brody.

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