Autoridades do Palau queimam barbatanas de tubarão pescadas ilegalmente

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O comércio deste produto faz com que as autoridades da ilha acreditem numa extinção próxima da espécie DR

Depois de empilhadas e regadas com combustível, as barbatanas de tubarão pescadas ilegalmente por um barco de Taiwan foram hoje queimadas pelas autoridades do Palau, na Micronésia, para demonstrar aos estrangeiros que a espécie está ameaçada de extinção.

"A nossa mensagem é muito clara: não vamos tolerar mais a pesca ao tubarão nas águas de Palaiu", declarou o Presidente deste micro-Estado, Tommy Remengesau, conhecido pelas suas posições ecologistas. A acção visou ainda chamar a atenção do Congresso de Palau para a necessidade de reforçar a legislação sobre a pesca ao tubarão, actualmente proibida, explicou Remengesau.

No mês passado, mais de 800 quilos de barbatanas de tubarão e 410 cadáveres de animais, com um peso total de dez toneladas, foram encontradas num barco de Taiwan, o "Sheng Chi Hui 7".

Os tubarões tornaram-se num alvo privilegiado para os pescadores de todo o mundo desde que na Ásia, e principalmente na China, a sopa de barbatana de tubarão foi considerada um prato de luxo.

Habitualmente, os pescadores capturam o animal, cortam as barbatanas e atiram de volta à água o resto do corpo, porque a sua carne não é tão lucrativa. Em Hong Kong, a barbatana de tubarão pode vender-se a 400 dólares (350 euros) o quilo.

O comércio deste produto faz com que as autoridades da ilha acreditem numa extinção a curto prazo da espécie, dado que o ciclo de reprodução do tubarão é lento.

Além disso, a pesca intensiva pode ameaçar os mergulhos para observação destes animais, uma actividade turística muito rentável no Palau.

Segundo a organização não governamental Wild Aid, cem milhões de tubarões são mortos por ano. O número de consumidores de barbatana de tubarão aumentou de escassos milhões na década de 80 para mais de 300 milhões actualmente.

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