Europeu de sub-17: Portugal vence Dinamarca (3-2)

Portugal venceu hoje a Dinamarca por 3- 2, em jogo da primeira jornada do Grupo A da fase final Campeonato da Europa de futebol de sub-17, realizado no estádio do Fontelo, em Viseu.

Um golo de Manuel Curto, aos 55 minutos, escassos segundos depois de ter entrado, permitiu a Portugal estrear-se com uma vitória feliz sobre a Dinamarca, num jogo em que evidenciou virtudes e defeitos sobejamente conhecidos: ataque concretizador e defesa permeável.

A permissividade do sector mais recuado da selecção lusa foi muito bem explorada pelo "móvel" avançado escandinavo Lindeneg, autor dos dois golos, que se revelaram insuficientes graças ao acerto de João Pedro, Paulo Ricardo e Manuel Curto.

Portugal confirmou o favoritismo frente a um adversário com cinco jogadores sub-16 no "onze" inicial, mas complicou o que já não era fácil, passando por inúmeros sobressaltos, o último dos quais um remate ao poste aos 75 minutos.

A selecção treinada por António Violante terá de rectificar o comportamento defensivo, caso pretenda ultrapassar os "colossos" do grupo B - Espanha, Itália e Inglaterra - numa fase mais adiantada do Europeu "caseiro".

Os dinamarqueses deram o primeiro sinal de perigo aos 16 minutos, na sequência de um canto, quando o recém-naturalizado (de origem chilena) Arrieta surgiu no interior da área, rematando ligeiramente ao lado.

Dez minutos mais tarde, o mesmo jogador protagonizou uma excelente iniciativa individual, passando com inesperada facilidade por dois defesas lusos, antes de concluir com um remate ao lado da baliza defendida pelo guarda-redes Mário Felgueiras.

O golo, sucessivamente ameaçado, surgiu aos 32 minutos, por intermédio do perigoso avançado Lindeneg, que se isolou pelo lado esquerdo, retirou do seu caminho João Dias com uma boa simulação e concluiu com um colocado remate rasteiro.

Sem nada que o antecipasse, Portugal restabeleceu a igualdade dois minutos depois, através do eficiente João Cunha, isolado ante o guarda-redes escandinavo por uma assistência preciosa de João Coimbra.

Após várias falhas defensivas em lances de bola parada, a selecção lusa, paradoxalmente, acabou por se adiantar no marcador na sequência de um canto, aos 40 minutos, quando o "central" Paulo Ricardo se antecipou à defesa dinamarquesa.

As fragilidades defensivas da equipa portuguesa voltaram a ser evidenciadas pela inteligente movimentação de Lindeneg, que escapou aos "centrais", restabelecendo o empate no período de descontos, culminando uma frenética fase final da primeira parte.

Na etapa complementar, o jogo "adormeceu" até à entrada em "cena" de Manuel Curto, que substituiu João Coimbra aos 54 minutos e recolocou Portugal em vantagem na primeira vez que tocou na bola, com um oportuno remate no interior da área.Saleiro, com um brilhante trabalho individual, e Vieirinha estiveram perto de ampliar a contagem, mas a defesa lusa voltou a facilitar, em especial o nervoso Miguel Veloso, valendo a ineficácia de Lasse Qvist, que atirou ao lado depois de se ter isolado ante Mário Felgueiras.

A cinco minutos do final, Lasse Qvist voltou a estar perto do golo, desviando para o poste da baliza portuguesa um bom cruzamento da esquerda do ataque escandinavo, desperdiçando a derradeira oportunidade do encontro.

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