É uma abstracção

É um filme insondável, como se tivéssemos sido apanhados dentro da teia de uma mente.

Depois do humanismo em fundo social de "Recursos Humanos", Laurent Cantet vai mais longe no seu olhar sobre a natureza humana, encontrando-lhe um lado negro através de um homem que vive duas vidas, espécie de Jekyll & Hyde. Se o ponto de partida foi o "affaire Dumas" (um falso médico que durante décadas mentiu à família e acabou por assassiná-la), "O Emprego do Tempo" é uma abstracção, como se, retirando todos os referentes, apenas ficassem os fantasmas.

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