Feira do Livro de Frankfurt inaugura-se hoje sob o signo da renovação

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Na sua 54ª edição, a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, acolherá, a partir de hoje, mais de 6 mil expositores, de 110 países diferentes Boris Roessler/DPA

Abrindo hoje as suas portas ao público, a 54ª edição da gigantesca e prestigiada Feira do Livro de Frankfurt inaugura-se com novas propostas, no ano em que a Lituânia é o país convidado de honra do certame.

Depois das dificuldades sentidas no ano de 2001, devido aos atentados de 11 de Setembro, o novo director da maior feira do livro do mundo, Voelker Neumann, espera recuperar o número de visitantes atingido na feira de 2000 - 300 mil -, tendo sido registada uma quebra de 50 mil visitantes durante o ano passado. Neumann toma as rédeas da feira num contexto particularmente difícil, já que, pela primeira vez em 25 anos, se verificou uma descida na ordem dos 2 por cento nas receitas do mercado do livro alemão, além da desistência de cerca de 400 expositores no evento, em comparação com o ano passado.

Não obstante a conjuntura pouco favorável, as novidades para esta 54ª edição são diversas. Mas o seu prato forte será talvez o congresso "Futura Mundi", a realizar no dia 12 de Outubro, no qual, durante 12 horas consecutivas, personalidades ilustres das áreas da política, ciência, literatura, religião ou economia - entre as quais figuram nomes como Naomi Klein, Amos Oz ou Juan Luis Cebrián - analisarão o futuro da humanidade.

Deslocando 40 escritores e 34 editores até Frankfurt, a Lituânia apresentar-se-á com um programa genericamente intitulado "To Be Continued", alusivo às sucessivas guerras e invasões que a história deste país sofreu no passado.

A presença portuguesa

Na Feira do Livro de Frankfurt deste ano, Portugal estará representado com um total de 58 editores, agrupados na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e na sua congénere UEP (União dos Editores Portugueses), as duas únicas presenças institucionais portuguesas do evento, com, respectivamente, 40 e 18 editores. Este ano, o Investimento Comércio e Turismo de Portugal (ICEP) e o Instituto Português do Livro e da Biblioteca (IPLB) optaram por não marcar presença física na feira e investir apenas no apoio à deslocação dos editores, com o objectivo de poupar na presença institucional. Enquanto que o ICEP disponibilizará cerca de 25 mil euros, o IPLB deslocará dois técnicos para a realização de contactos nas áreas da tradução e divulgação de autores portugueses no estrangeiro.

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