Revista satírica britânica pretende processar John Major

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John Major reconheceu ontem ter mantido uma ligação extra-conjugal com Edwina Currie DR

A revista satírica britânica "Scallywag", processada há nove anos por ter divulgado uma alegada relação extramatrimonial do então primeiro-ministro John Major, pretende agora processar o político, depois do próprio ter reconhecido ontem que manteve uma ligação adúltera.

Os advogados da revista confirmaram hoje que estão a estudar os passos a dar para recuperar as perdas sofridas pela "Scallywag" em 1993, quando Major a processou por difamação. A revista considera que a revelação de Major prova que a acusação de difamação foi "um abuso da lei".

Na altura, a revista noticiou que Major era infiel à mulher, Norma, e tinha tido uma relação amorosa com Clare Latimer, responsável pelo serviço de refeições de Downing Stret, residência oficial do primeiro- ministro britânico. Clare Latimer declarou hoje à imprensa que foi utilizada para distrair as atenções da relação de Major com Edwina Currie, que o antigo primeiro-ministro confirmou ontem, viesse à luz do dia, o que teria arruinado a carreira do político.

Major decidiu então processar a "Scallywag" por considerar que as acusações de adultério constituíam um sério ataque à sua reputação. Depois disso, a revista nunca chegou a recuperar de uma situação financeira muito difícil.

John Major reconheceu ter sido infiel à mulher, mantendo uma ligação extra-conjugal com Edwina Currie, antes de se ter tornado primeiro-ministro. O romance foi revelado em primeira mão por Edwina Currie, uma das políticas mais extravagantes dos anos 80, nas suas memórias, das quais o "The Times" começou ontem a publicar extractos.

A relação começou em 1984, quando John e Edwina eram deputados, tendo terminado em 1988.

Actualmente, Edwina Currie é apresentadora da Radio 5 da cadeia BBC.

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