Incêndio em cibercafé de Pequim terá sido ateado por dois adolescentes

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As autoridades chinesas andam a averiguar as condições de segurança dos cibercafés AFP

Dois adolescentes de 13 e 14 anos de idade foram detidos sob suspeita de terem ateado o incêndio num cibercafé de Pequim (China), que acabou por causar a morte a 24 pessoas. O motivo terá sido um diferendo que opunha os jovens ao proprietário do estabelecimento.

Um comunicado do município de Pequim, citado pela AFP, relata que os dois adolescentes foram detidos ontem às 15h00 locais (08h00 em Lisboa).

"Segundo o inquérito policial, os alegados incendiários, dois estudantes de Pequim, faltavam frequentemente à escola e (...) iam muitas vezes a cibercafés", começa o comunicado municipal. O relatório conta ainda que "há duas semanas, os dois tiveram um sério diferendo com o proprietário do cibercafé Lanjisu", que não é explicado, "e para se vingarem, decidiram comprar gasolina e deitar fogo [ao café]". O comunicado termina a garantir que os dois jovens em causa "reconhecem os seus actos".

Incêndio mata 24 pessoas

O incêndio num cibercafé de Pequim causou a morte a 24 pessoas e deixou outras 13 feridas. As chamas começaram às 02h40 de domingo (19h40 de sábado, em Lisboa).

O fogo ocorreu na zona de Haidian, que alberga várias universidades e é conhecida por ser uma região frequentada por estudantes.

Segundo a AP, um residente daquela rua acordou com gritos e contou que foram as grades nas janelas do café que impediram as vítimas de fugir, sugerindo que as regras de segurança não eram cumpridas por aquele estabelecimento, o que se veio a confirmar.

O proprietário do cibercafé chegou mesmo a ser detido na segunda-feira, segundo noticiou a agência de notícias Xinhua, devido ao facto de o estabelecimento estar aberto há um mês sem licença das autoridades locais.

Entretanto, as autoridades de Pequim decidiram no domingo ordenar o encerramento de todos os cibercafés da cidade para averiguarem as condições de segurança dos espaços. Uma operação que continua, uma vez que as autoridades acreditam, mesmo estando perto de confirmar a origem das chamas, que as 24 mortes estiveram directamente relacionadas com falhas de segurança no estabelecimento.

Segundo alguns dados, 2200 dos 2400 cibercafés de Pequim estão a operar ilegalmente.

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