Rui Vilar renuncia à presidência da Gulbenkian, Fundação diz que não aceita

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Rui Vilar renuncia ao cargo por motivos de saúde Antonio Cotrim/Lusa

Rui Vilar renunciou ao cargo de presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian por razões de saúde. Em comunicado, o conselho de administração diz que não aceita a renúncia.

Numa nota enviada ao conselho de administração, Rui Vilar - eleito a semana passada para a presidência da instituição - revela ter-lhe sido diagnosticada "uma lesão intestinal que implica uma intervenção cirúrgica com alguma urgência e carece de um período de recuperação que não é facilmente avaliável".

Por esta razão, o responsável considera não se encontrar em condições de exercer o cargo para que foi eleito, tendo decidido apresentar a sua renúncia. Considerando a decisão tomada "dolorosa e difícil", Rui Vilar promete continuar a dar o seu contributo à instituição assim que estiver restabelecido.

Num comunicado divulgado esta tarde, o conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian afirma, porém, que "no superior interesse da instituição", "entende dever não aceitar a renúncia" de Rui Vilar, manifestando o desejo que este "possa, no mais curto espaço de tempo, reassumir as suas funções". O texto não revela, porém, quem irá presidir à instituição enquanto Rui Vilar não estiver restabelecido.

Rui Vilar foi eleito na passada quinta-feira para substituir Victor Sá Machado, presidente da fundação desde 1998, falecido no final do mês de Abril, vítima de doença prolongada.

A escolha representou um corte com a tradição da instituição, já que, pela primeira vez na história da Gulbenkian, não foi o administrador mais antigo a ser eleito para o cargo. Segundo as regras da fundação, José Blanco, por ser o administrador há mais tempo no conselho de administração, tinha o direito a ser o primeiro candidato, mas o seu nome foi vetado, tendo Rui Vilar acabado por ser o escolhido.

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