De cada vez que estreia um novo David Lynch (com excepção do pouco lynchiano "Uma História Simples"), muito se discute a inteligibilidade do enredo. Nada de mais supérfluo: o universo do cineasta compõe-se de um onirismo recortado em imagens luminosas e plenas de cor. Como narrativa, "Mulholland Drive" agarra o espectador desde a primeira imagem: há um rigor extremo e um desvairado olhar sobre as formas fílmicas, que se complementam. Grande melodrama pulverizado pelo recurso ao sonho e à desordem da memória, "Mulholland Drive" inscreve no filme o melhor do imaginário "camp" dos anos 50 e a essência, em filigrana, da obra do cineasta. Talvez o melhor de todos os Lynch.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: