Autarcas contra portagens na A8 e A15

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Álvaro Órfão lembra que a A8 pretende servir principalmente o trânsito regional Inácio Rosa/Lusa

Três autarcas da zona Oeste manifestaram-se contra a cobrança de portagens nas auto-estradas A8 e A15, vias inauguradas hoje por António Guterres e que atravessam os concelhos de Caldas da Rainha, Marinha Grande e Leiria.

Álvaro Órfão, presidente da Câmara da Marinha Grande (PS) considera as portagens na A8 "uma injustiça", porque esta via pretende servir principalmente o trânsito regional."Sabemos que o Governo está irredutível, mas se alguém quiser pressionar, eu sou dos primeiros a estar ao lado das populações", afirmou o autarca, salientando que todos os esforços feitos até agora junto do Ministério do Equipamento para anular as portagens foram infrutíferos, informou a Lusa.
"Não faz sentido que tenhamos de pagar portagens quando não temos outra opção", denunciou o autarca.
Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria (PSD), disse que "o mais importante foi garantir a construção da A8", lembrando que agora "é necessário lutar pelo fim das portagens".
O troço de seis quilómetros entre a Tornada (Caldas da Rainha) e Alfeizerão (Alcobaça) "deve ser o mais caro do mundo", exemplificou Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, considerando a taxa de 150 escudos (74 cêntimos) para veículos ligeiros "um roubo".
Segundo o autarca, a inauguração da A8 e A15 deveria ter ocorrido nas Caldas da Rainha e não em Santarém e Marinha Grande, como foi o caso, já que é neste concelho que as duas vias se cruzam.
"Em Portugal há dois pesos e duas medidas. Entre Leiria e Alcobaça vai pagar-se portagens no IC1 quando isso não sucede entre Aveiro e Porto e entre Viana do Castelo e Espanha, em estradas com o mesmo nome", notou o autarca.
Fernando Costa considerou que os mesmos critérios que justificaram o fim das portagens entre as Caldas da Rainha e Torres Vedras deveriam ser aplicados nos troços da A8 e da A15.

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