Mediania simpática

Há filmes assim, que valem sobretudo pelo carisma dos actores, pelo acerto da sua capacidades de criar personagens densas e complexas, apesar dos limites da história ou do "déjà vu" das situações: Jeff Bridges é brilhante de contenção e de subtileza no presidente, Joan Allen consegue escapar à facilidade de uma simplificação demagógica numa personagem escorregadia, Gary Oldman constrói um maníaco "vilão". O resto não é particularmente original nem excitante, mas resulta em sólida ficção sobre o smeandros da política americana, com bons valores de produção e mão certinha na gestão da câmara. Uma mediania simpática, portanto.

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