Familares das vítimas de Columbine processam empresas de jogos de computador

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O massacre de Columbine resultou na morte de doze estudantes e um professor AP

As famílias das 13 pessoas assassinadas por dois alunos numa escola secundária de Columbine, Colorado, EUA, vão processar 25 empresas de jogos de computador, argumentando que os seus produtos tiveram uma influência decisiva no massacre de Abril de 1999.

O processo - que visa uma indemnização no valor de cinco mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de contos) - alega que muitos dos jogos de computador produzidos pelas 25 empresas criaram condições objectivas para que os dois adolescentes Eric Harris e Dylan Klebold tivessem planeado o massacre que resultou na morte de doze estudantes e um professor.Entre as empresas que os familiares pretendem processar encontram-se a Sony America, AOL/TimeWarner, Atari, ID Software, Sega e Nintendo.
A ligação entre o tiroteio de Columbine e os jogos de computador foi feita pela primeira vez depois de a equipa de investigação ter revelado que um dos adolescentes chamava à sua arma "Arlene", o nome de uma personagem do famoso jogo "Doom".
Citado pela BBC, John DeCamp, o advogado de defesa dos familiares, diz que o objectivo principal deste processo é alterar a forma como os jogos de computador, que tornam crianças em "monstros assassinos", são publicitados e distribuídos.
Mas este novo processo parece estar condenado ao fracasso. Em Abril do ano passado, um tribunal norte-americano decidiu a favor das empresas de jogos de computador, na sequência de um outro tiroteio numa escola em 1997.
Os familiares das vítimas de Columbine já conseguiram que os pais de Harris e Klebold e as pessoas que facilitaram o acesso dos dois jovens às armas os indemnizassem em 2,5 milhões de dólares (560 mil contos).

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