É impressionante a segurança formal de "O Quadro Negro", e deixa evidente que Samira Makhmalbaf, mais do que um "fenómeno", é uma cineasta com identidade própria que vai valer a pena seguir durante os próximos anos. "O Quadro Negro" também impressiona pela maneira como é capaz de "sacar" ao real uma imagética com tendência constante a aproximar-se de uma atmosfera de irrealidade - dos professores com os "quadros negros" às costas à "tribo" que deambula à procura do seu país, há sempre uma ideia de construção visual poderosa. Dito isto, "O Quadro Negro" não adianta assim tanto em relação ao que conhecemos do cinema iraniano, e há alturas em que Samira não consegue camuflar o virtuosismo do "conceito" com tanta eficácia como o fazem outros cineastas iranianos - o seu pai, por exemplo.
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