Os ensaios nucleares realizados pela França durante 30 anos em Mururoa, na Polinésia Francesa, não provocaram o desmoronamento do atol, estando neste momento estáveis os movimentos geológicos observados desde então, afirmou hoje o Comissariado da Energia Atómica francês (CEA).

As autoridades da Nova Zelândia também anunciaram hoje que iriam pedir explicações à França, no seguimento de informações divulgadas que denunciavam riscos de desabamento do atol, fragilizado pelos ensaios nucleares realizados entre 1966 e 1996.O ministro neo-zelandês do Desarmamento, Matt Robson, informou que se estas informações estivessem correctas, viriam a justificar as preocupações permanentes do seu país quanto aos testes nucleares franceses.
As experiências subterrâneas aceleraram os movimentos naturais da estrutura geológica do atol, mas este movimento está hoje estabilizado, explicou o CEA.
As explosões provocavam ondas sísmicas que se propagavam na superfície do atol e causavam uma aceleração do movimento natural das zonas externas para o oceano.