Prémio Nobel ajuda a limpar o ar da Cidade do México

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Vários testes indicam que a poluição provoca doenças respiratórias e cardiovasculares DR

Mário Molina, o químico mexicano que ganhou o Prémio Nobel em 1995, está a ajudar a solucionar os problemas de qualidade do ar na Cidade do México, uma das mais poluídas do Mundo.

Molina reuniu-se recentemente com cientistas dos EUA, Alemanha e México para traçar as formas de combate contra a poluição atmosférica durante os próximos seis meses, informou o site noticioso Environmental News Service. Essas formas fazem parte do "Proaire", um programa de gestão da qualidade do ar para a área metropolitana do México, de 2001 a 2010.O químico, que recebeu o Prémio Nobel pelo seu trabalho na química atmosférica e efeito dos clorofluorcarbonetos (CFCs) na rarefacção da camada de ozono, apresentou 71 recomendações para diminuir a poluição.
Segundo Molina, as estratégias de controlo da poluição podem ser divididas em três sectores: veículos, combustíveis e políticas de transporte.
O crescimento industrial, a concentração de riqueza e emprego na cidade, o crescimento exponencial da população de três milhões em 1950 para 18 milhões actualmente e a grande dependência dos transportes motorizados têm contribuído para agravar o problema.
O facto da cidade estar a um nível elevado e exposta à intensa luz solar contribui significativamente para a criação do "smog", espécie de manto de poluição que envolve a cidade.
Todos os departamentos do Governo vão trabalhar em conjunto para estabelecer uma nova organização dos transportes na cidade, "o que irá ter um efeito imediato na diminuição dos poluentes atmosféricos", afirmou Claudia Sheinbaum, secretária-geral do Ambiente para o distrito da Cidade do México.

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