Comédia disparatada bem ao gosto dos antecessores "Aeroplano" (1980) e "Aonde é que Pára a Polícia?" (1988), desse trio de génios criativos David e Jerry Zucker e Jim Abrahams, com Leslie Nielsen no habitual papel de herói pateta. Este "2001" de Allan Goldstein não é uma paródia do mítico filme de Kubrick, como o título poderia antever, mas antes uma sátira arrasadora do mais recente filão de filmes de ficção científica (de "Desafio Total", de Paul Verhoeven, a "Marte Ataca", de Tim Burton), explorando os lugares-comuns do género. Zero de gravidade, portanto: o presidente dos Estados Unidos (um sósia de Bill Clinton, cujo escândalo sexual é aproveitado até à náusea) é feito refém numa base lunar e substituído por um clone na Casa Branca - pelo menos, é isso que é dito a Dick Dix (Leslie Nielsen), enviado numa missão de resgate. O filme é tão desastrado e bacoco quanto o seu herói - ladeado por uma série de figuras que parecem saídas do Madame Tussauds (de Hillary Clinton aos Três Tenores) -, impondo um tipo de humor que tem tanto de facilitismo como de mau gosto. Mas isso, afinal, é apenas uma prova de respeito pelas convenções do género.
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