Osama bin Laden

Osama bin Laden

Filho de um rico construtor civil da Arábia Saudita, dedicou-se à religião e criou uma rede de pessoas radicalizadas dispostas a matar e a morrer pela defesa de uma interpretação fundamentalista do islão. Criou a Al-Qaeda, que foi responsável pelo atentado de 11 de Setembro de 2001. O então Presidente dos EUA, George W. Bush, ordenou a invasão do Afeganistão para o apanhar, mas Bin Laden só seria morto a 2 de Maio de 2011, numa operação das forças especiais norte-americanas em Abbottabad, no Paquistão.

Mohamed Atta

Mohamed Atta

Considerado o líder da célula de 19 terroristas que cometeu o atentado, Mohamed Atta era um arquitecto egípcio que se radicalizou quando estudava em Hamburgo, na Alemanha. Foi ele quem pilotou o avião da American Airlines que chocou contra a Torre Norte do World Trade Center – a primeira a ser atingida. Entre 1999 e 2000, esteve no Afeganistão com Osama bin Laden e Khalid Sheik Mohammed, para preparar o atentado que haveria de realizar com outros 18 terroristas.

Mullah Omar

Mullah Omar

Formado numa escola corânica em Karachi, no Paquistão, e calejado como mujahidin na luta contra a ocupação soviética do Afeganistão, Mohammed Omar foi um dos fundadores dos taliban e liderou o Emirado Islâmico do Afeganistão entre 1996 e 2001. Abandonou Kandahar depois da invasão e a sua morte foi noticiada erradamente várias vezes, antes de morrer de tuberculose em 2013. O seu filho mais velho, Mohammad Yaqoob, é hoje um dos líderes dos taliban, tendo sido designado como ministro da Defesa no Governo interino do Afeganistão.

Khalid Sheik Mohammed

Khalid Sheik Mohammed

Detido em 2003 numa operação conjunta da CIA e dos serviços secretos do Paquistão, o paquistanês que cresceu no Kuwait foi levado para uma prisão secreta, onde foi mantido durante três anos e meio antes de ser transferido para Guantánamo. Em 2007, confessou ter planeado os atentados do 11 de Setembro, bem como o atentado frustrado de Richard Reid – o homem que tentou fazer explodir um avião comercial com uma bomba colocada num sapato –, e também a explosão em Bali, na Indonésia, e o atentado à bomba contra o World Trade Center em 1993. Foi acusado formalmente em Fevereiro de 2008 e o seu julgamento só foi retomado agora, 20 anos depois do atentado, depois de ter sofrido vários adiamentos.

Ramzi bin al-Shibh

Ramzi bin al-Shibh

O iemenita que havia recebido treino nos campos da Al-Qaeda no Afeganistão fazia parte da célula de Hamburgo e, aparentemente, seria o 20.º terrorista dos atentados do 11 de Setembro. Não participou porque foi o único dos 20 que viu ser-lhe negado o seu visto de entrada nos EUA, e por quatro vezes. Mas nenhuma delas por suspeita de terrorismo – as autoridades norte-americanas temiam que, sendo do Iémen, um país em crise económica, prolongasse a sua estadia para além do tempo do visto. Detido em 2002 no Paquistão, esteve numa prisão secreta em Marrocos antes de ser enviado para Guantánamo, onde está finalmente a ser julgado, ao fim de 19 anos.

George Tenet

George Tenet

O homem que serviu como director da CIA durante mais tempo (sete anos) está ligado a dois dos maiores falhanços da história dos serviços secretos norte-americanos – os atentados do 11 de Setembro e as supostas provas de que Saddam Hussein tinha armas de destruição massiva. Mas, na verdade, Tenet criara um plano em 1999 para lidar com a Al-Qaeda e avisara os decisores políticos da ameaça que a rede representava, mas nunca conseguiu convencer a Casa Branca e assegurar o necessário financiamento.

George W. Bush

George W. Bush

Durante anos foi a ovelha negra dos Bush, e era o seu irmão Jeb quem estava no topo das esperanças da família para voltar a ter um dos seus membros como Presidente dos EUA. George W. Bush foi apanhado num momento importante da História, e ficou dependente dos falcões Dick Cheney e Donald Rumsfeld, ambos receptivos à ideia dos neoconservadores de aproveitarem o 11 de Setembro para mudar o Médio Oriente e ganhar mais influência para os EUA.

Dick Cheney

Dick Cheney

Segundo George Bush (pai de George W. Bush), Dick Cheney “tornou-se muito radical e muito diferente” da pessoa que ele conhecera como seu secretário de Defesa, criticando-o sobretudo pelo facto de se ter submetido aos que queriam “lutar por causa de tudo e acima de tudo”, e “impor a vontade dos EUA no Médio Oriente”. Vice-presidente de George W. Bush, tornou-se uma figura chave da aventura norte-americana no Iraque, que seria o princípio da construção do Grande Médio Oriente influenciado por Washington.

Donald Rumsfeld

Donald Rumsfeld

Sempre foi um falcão e, segundo George Bush, “um tipo arrogante” incapaz de ouvir outras pessoas e que terminou por pagar um preço por isso. Rumsfeld acabaria por apresentar a demissão em Novembro de 2006, pressionado por vários generais norte-americanos que começaram a questionar a sua capacidade de liderança e competência militar, numa altura em que a situação no Iraque já tinha escapado ao controlo dos EUA.

Rudy Giuliani

Rudy Giuliani

Os atentados transformaram o então mayor de Nova Iorque (que estava na recta final do seu último mandato) numa figura a nível nacional e internacional que um dia chegou a sonhar com a Casa Branca. Em tempos conturbados, com uma cidade entorpecida pelo ruir das Torres Gémeas, Giuliani emergiu dos escombros com uma enrgia e capacidade de decisão que o tornou numa figura popular. Mais recentemente, caiu em desgraça e perdeu a licença de exercer advocacia em Nova Iorque e em Washington D.C. por ter defendido em tribunal, sem provas e com base em especulações, as queixas infundadas de fraude eleitoral lançadas pelo ex-Presidente Donald Trump.

Padre Mychal Judge

Padre Mychal Judge

A imagem do capelão dos bombeiros de Nova Iorque já morto, com a cabeça sobre o peito, e a ser levado em braços, ficou como uma das imagens icónicas do dia em que o mundo mudou. Não foi o primeiro a morrer – muitos terão morrido antes dele, quando o primeiro avião embateu contra a primeira torre do World Trade Center –, mas para a História foi contabilizado como a vítima número 1 dos atentados em Nova Iorque.