Sindicato dos Jornalistas quer reflexão sobre papel do Estado na comunicação social

Presidente do sindicato foi a Belém discutir com o Presidente da República a necessidade de se discutir como "garantir a prestação desse serviço público" que é o jornalismo.

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Redacção do PÚBLICO Daniel Rocha

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) defendeu nesta segunda-feira na Presidência da República a necessidade de haver uma reflexão, a médio prazo, sobre o papel do Estado nos órgãos de comunicação social, sublinhando que jornalismo é serviço público. A presidente do SJ, Sofia Branco, falava aos jornalistas em Belém, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo contou, no encontro, Marcelo Rebelo de Sousa, que "é naturalmente uma pessoa muito preocupada com a actual situação do sector", manifestou vontade de "conversar no futuro sobre uma hipótese de promover uma reflexão conjunta" também com outras entidades sobre a sustentabilidade do negócio que é a comunicação social e a sua função como serviço público.

"É um negócio, sim, as empresas de comunicação social precisam de ser rentáveis, mas ao mesmo tempo não prestam um serviço qualquer, mas um serviço público", frisou a presidente do SJ. Sofia Branco explicou que durante a audiência ficou a ideia de pensar, em conjunto com o Presidente e com outros intervenientes, numa reflexão "a médio prazo" sobre o "tabu" que tem sido o papel do Estado "em garantir a prestação desse serviço público" que é o jornalismo.

Segundo disse, o SJ entregou ainda ao chefe de Estado uma posição conjunta, já conhecida, da direcção e do conselho deontológico sobre "o clima de agressividade e de violência direcionada aos jornalistas", sobretudo em eventos desportivos nomeadamente relacionados com o futebol.

"É um clima que também preocupa o senhor Presidente que fez questão de dizer isso e nesse sentido manifestou o seu apoio a esta posição conjunta", contou Sofia Branco.

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