O agora ou o quase nunca para Marrocos e Irão

As duas selecções têm neste jogo a grande oportunidade para fazerem pontos.

Foto
Carlos Queiroz LUSA/GEORGI LICOVSKI

Chegou a vez de Marrocos e Irão se estrearem no Mundial da Rússia. O confronto entre as duas equipas, que diz respeito às contas do Grupo B, no qual competem também Portugal e Espanha, terá um peso importante no futuro das duas selecções na competição. Acima de tudo, nenhuma pode dar-se ao luxo de perder.

Será especial o momento em que Marrocos pisar o relvado da Zenit Arena, em São Petersburgo, pois há 20 anos que a selecção não participa num Mundial. A última vez tinha sido na edição de 1998, em França, onde conseguiu uma vitória, um empate e uma derrota, tendo ficado pelo caminho. Os “leões do Atlas”, alcunha da selecção marroquina, chegam ao seu quinto Mundial num grande momento de forma, já que não perdem há 18 partidas consecutivas, ficando só atrás de Espanha (20) e Bélgica (19).

PÚBLICO -
Aumentar

Pela primeira vez na sua história e sob o comando de Carlos Queiroz, que sete anos depois abandonará o comando técnico no fim da competição, o Irão cumprirá a segunda presença consecutiva em Campeonatos do Mundo. Tal como o seu adversário, é a quinta vez que participa na competição.

O jogo de hoje é uma grande oportunidade para ambas as equipas pontuarem, visto que depois terão pela frente Portugal e Espanha, adversários que em teoria reduzirão as hipóteses de alcançarem um resultado positivo. “Sabemos que é obrigatório as duas equipas vencerem o jogo de amanhã [hoje], mas nós estamos aqui numa missão, e vamos competir para ganhar o jogo e ficar com os três pontos”, disse Carlos Queiroz na conferência de imprensa de antevisão. Para o treinador português, “a vitória é como um remédio” e considera que, caso tenham sucesso contra Marrocos, os seus comandados vão estar “mais motivados” nos embates com as selecções ibéricas.

Masoud Shojaei, o único jogador da selecção iraniana que já participou em duas fases finais de Mundiais, referiu que a equipa está ansiosa pelo apito inicial. “Quero prometer a todos os iranianos que vamos competir com toda a nossa energia e compromisso”, afirmou o experiente médio.

O seleccionador de Marrocos, Hervé Renard, tem noção do desafio que tem pela frente no Grupo B e garantiu que não está no Mundial para passear. “Há muitas equipas boas à nossa frente. Nós não estamos aqui para tirar fotografias de São Petersburgo”, assegurou o francês, desvalorizando a gestão dos minutos de utilização na equipa: “Há sempre um pouco de frustração quando fazes parte de uma equipa, mas tens de trabalhar arduamente e esperar pela tua oportunidade”.

Mehdi Benatia, capitão marroquino que alinha na Juventus, destacou o momento de forma da sua selecção: “Temos sido muito difíceis de bater”. Tal como o seu treinador, o central quer fazer algo mais do que turismo na Rússia. “Queremos fazer grandes coisas aqui e mostrar que somos uma boa equipa”.

Sugerir correcção
Comentar