Nacional regressa à I Liga após uma época de ausência

Equipa madeirense beneficiou das derrotas do Penafiel e Académica.

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Costinha é o treinador do Nacional MIGUEL MANSO/Arquivo

O Nacional assegurou neste sábado a 19.ª presença no principal escalão do futebol português, depois de uma época na II Liga, ao beneficiar das derrotas de Académica e Penafiel na 37.ª e penúltima jornada da divisão secundária.

Em Coimbra, a Académica perdeu com o Cova da Piedade, que se colocou em vantagem com dois golos de Dieguinho ainda na primeira (19' e 22'). Marinho ainda reduziu para a equipa da casa (55'), mas a Académica não conseguiu mais do que isso e continua com 63 pontos, menos quatro do que o Nacional e os mesmo que o Santa Clara, que se no domingo vencer o Real garante a subida à I Liga.

O Penafiel, que era outro dos candidatos, também perdeu em casa (0-1) frente ao Académico de Viseu, com o único golo do encontro a ser marcado por Avto. Os penafidelenses somam 61 pontos e a subida passou a ser uma miragem.

Ainda com dois jogos por disputar, incluindo a visita ao Arouca, no domingo, o Nacional assegurou assim um dos dois lugares de subida, ao somar 67 pontos, mais quatro do que o Santa Clara, única equipa que ainda pode alcançar os madeirenses. A formação do Funchal junta-se aos conterrâneos Marítimo, depois da despromoção em 2016/17, após uma temporada sob o comando de Costinha.

O trabalho do técnico chegou a ser contestado ao longo da primeira volta, devido a algumas oscilações exibicionais e também nos resultados, mas acabou por sair por cima, ao conquistar 38 pontos na segunda volta, depois de somar 29 na primeira.

O Nacional, fundado em 1910, estreou-se em 1988/89 no principal escalão, no qual permaneceu três temporadas.

Seguiu-se um interregno entre 1991/92 e 2001/02 e, já sob a presidência de Rui Alves, o regresso ao convívio entre os "grandes", onde ficou durante 15 temporadas seguidas.

E logo na primeira época, em 2003/04, conseguiu a melhor classificação de sempre, o quarto lugar, sob o comando de Casemiro Mior, que viria a repetir em 2008/09, com Manuel Machado no comando técnico.

Rui Alves, após um interregno na sua governação, e, apesar da descida, recolocou o clube na I Liga, numa temporada em que a Choupana foi uma verdadeira "fortaleza" para o clube, onde só perdeu uma vez, frente ao Real Massamá (4-0).

Em casa, além desse desaire, o Nacional somou 11 vitórias e seis empates e fora conquistou sete triunfos, outras tantas igualdades e quatro derrotas.

Na competitiva "maratona" da II Liga, de 38 jornadas, o Nacional não perde há 15 jogos e detém o melhor ataque (com 71 golos).

Ricardo Gomes é o melhor marcador da II Liga, com 20 golos, mais dois do que o compatriota Ricardo Vinícius, do Santa Clara.

O treinador Costinha afirmou ainda no "onze" madeirense quatro futebolistas insulares, casos dos defesas Nuno Campos e Diogo Coelho, do médio Jota e do avançado João Camacho.

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