Está difícil ao Sporting libertar-se da sua dependência

A equipa “leonina” esbanjou duas mãos cheias de lances de golo contra o Feirense e só respirou de alívio a pouco mais de dez minutos dos 90. Videoárbitro teve três intervenções ao longo do jogo.

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William Carvalho, em segundo plano, marcou o primeiro golo do Sporting LUSA/ANTONIO COTRIM

“Goleador procura-se”. Jorge Jesus já o disse por várias ocasiões por outras palavras mas a verdade é que a ausência de Bas Dost nota-se e faz muita falta ao Sporting. O goleador “leonino”, segundo melhor do campeonato e com mais do dobro dos golos do segundo melhor marcador dos “leões”, lesionou-se no final do mês de Janeiro e, desde essa altura, que marcar golos tem sido tão mais difícil para o Sporting. Neste domingo, frente ao Feirense, isso notou-se de forma clara e muitos devem ter suspirado pelo regresso rápido do holandês, tantos foram os golos falhados pelos “leões”.

Sabendo que Benfica e FC Porto tinham ganho os seus jogos, o Sporting não se podia dar ao luxo de deixar escapar mais pontos, em especial depois de ter somado a primeira derrota para o campeonato na jornada anterior. O facto de jogar em casa e contra um dos últimos da tabela acentuava a “obrigação” de vencer. E a equipa de Jorge Jesus, apesar de várias “baixas” — para além do avançado holandês também Podence está lesionado e Coentrão e Acuña estavam castigados — entrou determinada a resolver cedo a questão.

Com Bruno Fernandes ao volante e enquanto Gelson Martins e Bryan Ruiz tinham as suas baterias todas carregadas, o Sporting foi esmagador na primeira meia-hora e só não marcou por dois motivos: a exibição soberba do guarda-redes Caio Secco e o jogo desastrado de Doumbia. Enquanto um defendia tudo o que podia, o outro falhava tudo o que não devia e nem mesmo quando acertou pôde festejar, já que o lance foi invalidado pelo videoárbitro (VAR) por causa de uma falta no início do lance.

O VAR, aliás, foi outro dos protagonistas no primeiro tempo do jogo, período em que o Sporting teve quase duas mãos cheias de ocasiões de golo. Isto porque foi através desta tecnologia que o árbitro Luís Ferreira decidiu, primeiro não assinalar penálti favorável aos “leões” por alegada mão na bola de Tiago Silva e depois ao rectificar um penálti que tinha assinalado por um alegado corte com a mão de Flávio Ramos.

O Feirense quase só se limitava a defender, mas nas duas vezes que se aproximou da baliza de Rui Patrício assustou e muito.

No segundo tempo, o jogo não mudou de cara. O Sporting talvez tenha tido menos oportunidades claras (Gelson já tinha as pilhas quase gastas e Bryan Ruiz acabou mesmo por ser o primeiro a sair). E quando o Sporting já estava a apostar quase tudo, o Feirense ainda acertou no poste de Rui Patrício.

Até que, a pouco mais de dez minutos dos 90’, apareceu o canto salvador, no qual uma defesa incompleta de Caio, proporcionou um ressalto de bola bem aproveitado por William. Estava feito o golo e Alvalade respirou de alívio, festejando já com bonomia o 2-0 de Montero (primeiro golo desde o seu regresso ao clube).

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