Benfica escapa a mais uma escorregadela

Os “encarnados” venceram o Desp. Aves e regressam aos triunfos fora de casa. Dois penáltis ajudaram.

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LUSA/HUGO DELGADO

Quase todos os jogadores que pisaram o relvado do estádio do Desportivo das Aves escorregaram uma ou outra vez durante a partida. O próprio árbitro escorregou numa ocasião. E o Benfica só não se desequilibrou porque dois penáltis permitiram-lhe construir uma vantagem suficientemente confortável que lhe garantiu os três pontos, vencendo por 3-1 um dos últimos classificados do campeonato.

A vida não está a ser fácil para os “encarnados”. Com apenas dois triunfos nos últimos oito jogos, a equipa de Rui Vitória entrava em campo sem margem para erros, face ao triunfo na véspera do líder FC Porto.

O técnico benfiquista promoveu algumas alterações ao “onze” previsível. Se a presença de Svilar na baliza não foi surpresa, face ao que Rui Vitória tinha dito, a de Pizzi no banco de suplentes surpreendeu. Do outro lado, Lito Vidigal, sem poder contar com Agra e Ponk, jogadores emprestados pelas “águias”, ficou sem dois dos atletas mais influentes da equipa.

O jogo começou intenso, com os dois guarda-redes a terem que mostrar serviço muito cedo. Mas se o veterano Quim manteve o nível ao longo de toda a partida, salvando o Desp. Aves de alguns dissabores, o jovem Svilar teve momentos melhores e piores, embora sem comprometer.

O Benfica tentou impor o seu futebol logo de início. E foi nesta fase que inaugurou o marcador, num penálti indiscutível cometido sobre Diogo Gonçalves (28’). Jonas não falhou a conversão do castigo máximo.

O jogo corria de feição às “águias”, mas, rapidamente, o cenário mudou. Tal como já aconteceu por várias vezes esta temporada, a equipa “encarnada” perdeu o controlo do jogo enquanto o Desp. Aves perdeu a vergonha. E a partida chegou ao intervalo com Svilar a ver Defendi cabecear à barra, depois de alguns lances em que o belga se viu aflito.

O segundo tempo teve o início perfeito para o Benfica, com Seferovic a voltar aos golos e, a vencer por dois, o Benfica parecia ter o jogo na mão. Fabricou até um par de boas ocasiões de golo. Só que um cabeceamento oportuno de Defendi na sequência de um canto veio instalar a dúvida sobre a capacidade dos “encarnados” não escorregarem.

A dúvida desfez-se rapidamente, de penálti, embora o lance tenha sido precedido de uma falta não assinalada de Jonas sobre Nildo. De novo chamado à conversão, o brasileiro não falharia.

Estava assegurada a segunda vitória do Benfica longe da Luz para o campeonato e a mais folgada desde Janeiro, embora a bola ainda tivesse voltado a bater num ferro da baliza de Svilar. Mas o Benfica não escorregou.

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