Não houve surpresas no Estoril graças a um penálti providencial

Num dos campos mais gratos para os “encarnados” nos últimos anos, os tricampeões nacionais tiveram mais trabalho e sustos do que o previsto para manter o conforto no topo da classificação.

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Jiménez apontou o golo do triunfo do Benfica no terreno do Estoril AFP/PATRICIA DE MELO MOREIRA

As visitas ao campo do Estoril são, por norma, uma espécie de “favas contadas” para o Benfica. Já passaram 23 anos e meio desde a última vez que deixou pontos na Amoreira e na noite deste sábado não houve surpresas. Houve sim sofrimento e alguns sustos e um penálti providencial que permitiu a Raúl Jiménez confirmar mais três pontos para a equipa da Luz.

Depois das poupanças na Taça de Portugal, a meio da semana, no triunfo frente ao modesto Real Massamá (3-0), Rui Vitória fez regressar o melhor “onze” disponível, promovendo uma única alteração em relação à equipa que bateu o Sporting, no derby lisboeta (2-1), com Cervi a render o lesionado Salvio. Com boas recordações nas últimas deslocações à Amoreira, os “encarnados” entraram pressionantes e estiveram muito perto de se adiantar no marcador logo aos 6’, valendo à equipa da casa um remate enrolado de Gonçalo Guedes, em posição frontal, que saiu ao lado.

Mas o Estoril, onde o espanhol Pedro Gómez Carmona se estreou no comando técnico, estava determinado em resistir ao maior pendor ofensivo dos tricampeões nacionais. O treinador espanhol dissera na véspera que tinha passado os últimos dias a ver e rever os mais recentes jogos do Benfica e tinha algumas ideias concretas sobre o adversário. Nomeadamente em relação à importância de Pizzi na estratégia ofensiva. Com um trio no meio campo muito combativo — Diogo Amado, Taira e Eduardo — conseguiu anular o internacional português, especialmente na primeira metade.

Com o médio criativo bastante policiado e sem conceder grandes espaços entre as linhas do meio-campo e defesa, o Estoril foi tornando relativamente inofensivo o domínio visitante. Um remate de longe de Jiménez, que Moreira defendeu para canto e um cabeceamento por cima de Luisão após a cobrança do mesmo, foram os lances mais perigosos dos “encarnados” na primeira metade.

E mesmo sem grande profundidade atacante, foi a equipa da casa a criar a maior oportunidade antes do intervalo. Um livre cobrado por Eduardo, encontrou Bruno Gomes (partira de posição de fora-de-jogo) que atirou ao poste.

O Benfica regressou menos dinâmico para o segundo tempo, mas acabaria por beneficiar de um grande brinde do lateral Ailton, que com uma mão na bola na área estorilista, permitiu a Jiménez converter o castigo máximo, aos 61’. O golo acalmou os “encarnados”, mas parece ter também desinspirado a equipa, que permitiu ao conjunto da casa avançar no terreno e obrigar Ederson a brilhar na baliza visitante.

A vantagem acabou por ser mantida e os últimos instantes acabaram por servir para celebrar o regresso de Jonas à equipa de Rui Vitória, após quatro meses de lesão, e para um derradeiro calafrio dos adeptos benfiquistas a anteceder o apito final.

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