Vitória do Sporting em noite de boas notícias

Triunfo “leonino” sobre o Arouca, mais o empate entre o FC Porto e o Benfica no Dragão e a derrota ?do Sp. Braga no Funchal devolvem os sportinguistas ao segundo lugar.

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Bas Dost abriu e encerrou o marcador em Alvalade. AFP/JOSE MANUEL RIBEIRO

Depois de um mês de Outubro terrível, o Sporting precisava desesperadamente de que alguma coisa boa lhe acontecesse. E foi mais do que uma boa notícia o que os “leões” tiveram ontem. Voltaram às vitórias no campeonato, depois de três empates consecutivos, ganharam pontos a todos os que iam à sua frente e subiram ao segundo lugar. Mais, recuperaram o seu capitão, recuperaram um goleador e ganharam um jogador que até agora andava mais ou menos escondido. Tudo isto o Sporting ganhou com o seu triunfo por 3-0 frente ao Arouca, a contar a 10.ª jornada da Liga portuguesa.

Só pelo facto de haver um FC Porto-Benfica, este era um jogo que valia mais do que três pontos para o Sporting, que podia encurtar distâncias para um ou os dois rivais. O empate que acabou por acontecer no Dragão poucos minutos antes de rolar a bola em Alvalade, abria uma janela de oportunidade que não podia ser desperdiçada. Sabendo, ou não, do que acontecera no clássico, a verdade é que os “leões” entraram esfomeados e dispostos a resolver as coisas rapidamente perante um Arouca que cedo foi obrigado a desfazer a sua estratégia inicial.

Depois da experiência com cinco defesas (que quase correu bem) na Alemanha, Jorge Jesus voltou ao plano habitual e com muitos regressos ao “onze”, a começar por Adrien Silva (que cumprira alguns minutos em Dortmund), a cuja ausência se deve muito do que o Sporting não conseguiu fazer nas últimas semanas. Não é, de todo, a mesma coisa, jogar Elias ou Bruno César ou outro “Manel” (para usar uma expressão de Jesus) naquele meio-campo, onde o capitão marca a diferença pelo exemplo e pela forma como cobre os espaços e desempenha múltiplas funções.

Bas Dost também voltou à equipa para ser o homem mais avançado, depois da experiência com pouco sucesso do seu compatriota Castaignos, mas a verdadeira novidade foi mesmo a entrada de Joel Campbell para uma das alas e o costa-riquenho deixou bem presente a sua marca. Basicamente, o Sporting deixou de contar apenas com Gelson para dar um toque de velocidade e imprevisibilidade no ataque.

Depois de tantas entradas em jogo amorfas e sem personalidade, o Sporting procurou ser autoritário desde os primeiros minutos e rapidamente colheu frutos. Aos 9’, lançamento longo de João Pereira para a área, toque de cabeça de Coates e Bas Dost empurrou para a baliza de Bracali. Era de uma entrada assim que o Sporting precisava, para desbloquear traumas recentes e obrigar o adversário a arriscar um pouco mais. E neste cenário, os “leões” foram mais iguais a si próprios e menos a sua versão de tempos recentes, com um jogo de passe curto e sempre em progressão, abrindo brechas na estrutura montada por Lito Vidigal.

Durante a primeira parte, não houve mais golos, mas houve tranquilidade “leonina”, com uma boa dinâmica atacante e sem grandes apertos defensivos e Walter González, o homem mais adiantado dos visitantes, foi sempre uma presa fácil para os centrais do Sporting.

Claro que, enquanto o resultado estivesse na margem mínima, tudo seria possível. Mas a expulsão de Vítor aos 49’ — viu um segundo cartão amarelo por atrapalhar um lançamento de linha lateral do Sporting — deixou o Arouca ainda com menos capacidade de luta e o Sporting bem mais confortável. Aos 55’, Campbell, de cabeça, fez o 2-0, e aos 68’, foi o costa-riquenho a cruzar para Bas Dost fazer o terceiro. Pelo meio, ainda deu para o Sporting voltar a falhar um penálti, aos 64’, com Adrien, que sofrera a falta, a atirar para fora.

No final do jogo, ainda houve uma troca de acusações entre os dois clubes sobre alegadas agressões envolvendo os dois presidentes no acesso aos balneários, tendo mesmo sido chamada a polícia.

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