CDS anuncia voto contra o Orçamento do Estado

Partido vai apresentar propostas de alteração, diz Nuno Magalhães.

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Nuno Magalhães critica a política económica do Governo Daniel Rocha

O Orçamento do Estado para 2017 ainda não foi apresentado, mas o CDS anuncia desde já que o seu voto “é óbvia e convictamente contra”, disse Nuno Magalhães, líder parlamentar centrista, em declarações à TSF.

“Há uma política financeira e económica com a qual não concordamos”, afirmou Nuno Magalhães, vendo “com grande dificuldade” outro voto que não a recusa do Orçamento que vier a ser apresentado pelo Governo socialista: “Das duas uma: ou este Governo e esta maioria deixam de ser este Governo e esta maioria e poderei configurar outro voto" ou "a orientação é esta: O voto será óbvia e convictamente contra.”

Nuno Magalhães antevê uma proposta de OE que “irá aumentar tudo o que mexe do ponto de vista dos impostos indirectos, incluindo o sal e o açúcar”, mas afirma que o partido apresentará propostas para aliviar a carga fiscal, considerando que a política do Governo “está a tornar-se persecutória para a classe média”.

"Nós não acreditamos numa sociedade em que se tenta acabar com os ricos, acreditamos numa sociedade que tenta acabar com os pobres. Já a ideia de acabar com os ricos tornando-os pobres, nós tragicamente vemos o que sucedeu em países como a Venezuela e vemos que não resultou”, criticou ainda Nuno Magalhães.

O líder parlamentar do CDS foi ainda questionado sobre a relação entre Governo e Presidente da República. Estará Marcelo a ser “demasiado cooperante”? “Cabe à oposição fazer o seu trabalho. Dizer o que vai mal mas apresentar propostas. Não creio que a oposição deva esperar que sejam outros a fazer o seu trabalho”, respondeu Nuno Magalhães.

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