Luís Filipe Vieira: "Nos próximos anos pouco ou nada iremos investir"

Presidente do Benfica garante que o esforço financeiro feito no mercado de transferências de Verão não é para manter.

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Ricardo Campos

Luís Filipe Vieira anunciou nesta quarta-feira que o esforço financeiro feito no mercado de transferências que terminou na passada semana não será para manter no futuro próximo. “O investimento que fizemos este ano vai possibilitar que nos próximos três ou quatro anos pouco ou nada iremos investir. O Benfica, neste momento, no Seixal, está apetrechado em todas as posições”, assinalou, em entrevista à TVI.

O presidente do Benfica acrescentou, a propósito, que considera que a equipa "está muito mais forte do que há um ano" e explica o investimento feito em elementos como Rafa - que diz ter recebido ofertas salariais mais elevadas dos rivais -, a mais cara contratação do defeso: "Sabemos em que posições é preciso crescer mais e essas posições estão colmatadas", vincou, sublinhando a ideia de aproveitar cada vez mais a Academia do Seixal.

Confirmando que se recandidatará a um novo mandato, aponta o Caixa Futebol Campus como o grande foco de atenção futura e, para a presente temporada, deixa o objectivo traçado: "O importante é termos uma equipa competitiva. Queremos afirmar-nos na Europa e fazer o 'tetra'. O Benfica tem de fazer história, porque nunca foi tetracampeão. Temos de estar todos juntos e agarrados ao objectivo". "Isto não é como começa, é como acaba", responde a quem olha com desconfiança para o actual arranque de temporada.

Para atingir essas metas, conta com elementos como Raul Jiménez, que acredita que venha a transformar-se em breve na "transferência mais cara do futebol português". Luís Filipe Vieira mostra total confiança nas capacidades do mexicano e justifica a compra dos restantes 50% do passe do jogador com as perspectivas futuras e o contributo que o goleador deu para o título do ano passado e para a caminhada até aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. 

Sobre a relação com os empresários, o presidente do Benfica deixou claro que não tem problemas com as contrapartidas que o clube suporta pela intermediação dos negócios: “Nós entendemos que um empresário é um parceiro nosso. Nós temos um homem que trabalha muito com o Benfica, uma relação personalizada com o Jorge Mendes, e nós olhamos para a Gestifute como um parceiro nosso. Quando nós dizemos que queremos 30 milhões, se nos derem 30 milhões nós estamos satisfeitos, não nos importamos de dar dinheiro a ganhar [a comissão do agente, que pode chegar a 10%]”.

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