A França derreteu a Islândia em apenas 45 minutos

Com uma vitória clara, por 5-2, os “bleus” colocaram um ponto final na aventura islandesa no Euro 2016.

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AFP

A França ainda não tinha convencido e a Islândia era, a par do País de Gales, a coqueluche do Euro 2016, mas ao quinto jogo os nórdicos desceram à terra. Com uma exibição quase perfeita — quatro golos nos primeiros sete remates —, os “bleus” deram, finalmente, uma prova de força, confirmando o estatuto de favoritos. No Stade de France, em Saint-Denis, ficou tudo decidido nos primeiros 45 minutos e os franceses asseguraram o apuramento para as meias-finais, onde vão defrontar a Alemanha, com uma inesperada goleada: 5-2. Giroud (bis), Pogba, Payet e Griezmann marcaram os golos da equipa de Didier Deschamps, Sigthórsson e Bjarnason reduziram para os islandeses.

Desta vez, não houve poção mágica que salvasse os islandeses. Contra todas as expectativas, a Islândia superou com distinção os quatro primeiros exames no Euro 2016, mas após cinco jogos sempre com a mesma equipa titular — caso inédito na história do Campeonato da Europa —, os islandeses fraquejarem e caíram com estrondo. Com um “onze” fiável, mas poucas alternativas credíveis no banco, o sueco Lars Lagerbäck esticou ao limite os recursos que tinha disponíveis e, apesar da clara derrota contra a todo-poderosa França, a Islândia ficará na história do Euro 2016 por bons motivos.

Ao contrário de Lagerbäck, Deschamps alterou o seu “onze” em todos os jogos, mas desta vez o seleccionador francês não tinha outra opção. Sem os castigados Adil Rami e N’Golo Kanté, Deschamps não surpreendeu e colocou no centro da defesa Samuel Umtiti, futuro jogador do Barcelona, que fez a sua estreia pela principal selecção francesa, enquanto Moussa Sissoko entrou para o lado direito do meio-campo. Com a ausência de Kanté, que estava a ser um dos mais fiáveis no sector intermédio, o técnico francês optou por colocar a equipa em 4x2x3x1, com Matuidi e Pogba no centro, Payet na esquerda e Griezmann no apoio directo a Giroud.

A estratégia retirava protagonismo ao imprevisível e influente Payet, mas o destino do jogo fez com que a discutível opção de Deschamps não chegasse a ser realmente colocada à prova. Apesar de o início do encontro até ter mostrado uma Islândia atrevida, aos 12’ uma grande assistência de Matuidi isolou Giroud, que com o pé esquerdo fez o primeiro golo e, oito minutos depois, após um canto de Griezmann, Pogba fez de cabeça o 2-0. O que Portugal não conseguiu em 27 remates, a França atingia em apenas três: marcar dois golos à Islândia.

Abalada, mas (ainda) não vencida, a Islândia procurou reagir — Bodhvarsson (25’) e Sigurdsson (41’) assustaram Lloris —, mas num ápice, em cima do intervalo, a França derreteu de vez a Islândia: com golos de Payet e Griezmann nos dois últimos minutos da primeira parte, os “bleus” recolheram aos balneários do Stade de France com quatro golos em sete remates e o apuramento assegurado.

Com o bilhete para Marselha já garantido, onde terá a “máquina” alemã à espera, a França entrou para os últimos 45 minutos com o claro objectivo de baixar o ritmo e gerir o esforço, mas os islandeses não deixaram de lutar e Sigthórsson, após um cruzamento de Sigurdsson, reduziu aos 56’. No entanto, Halldórsson estragou o seu filme no Europeu três minutos depois, após falhar uma saída que Giroud não desperdiçou para bisar.

Com meia hora para jogar, Deschamps retirou Giroud e Koscielny, os dois franceses que estavam em risco de falhar as “meias” se vissem um cartão amarelo, e já perto do final, o médio Bjarnason, que já tinha marcado contra Portugal, fez de cabeça o segundo golo islandês, fixando o resultado num exagerado 5-2, um capítulo final demasiado penalizador para a meritória presença dos islandeses no Euro 2016.

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