Maria de Belém trocou contacto com idosos por visita a empresas

A ex-deputada fez campanha em quatro concelhos do Norte e elogiou o exemplo da fábrica de cerâmica de Valadares.

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Maria de Belém visitou a fábrica de cerâmica Valadares ao terceiro dia de campanha Adriano Miranda
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Sem se desviar da sua mensagem, que tem uma forte marca social, Maria de Belém Roseira fez esta terça-feira uma pausa nos contactos de proximidade com os mais idosos e estreou-se nas visitas a empresas. A quase centenária fábrica de cerâmica de Valadares, em Vila Nova de Gaia, que fabrica material para casas de banho, recebeu a candidata socialista, que visitou as instalações de uma empresa que, depois de um período muito difícil, conseguiu reabilitar-se e hoje dá emprego a 80 trabalhadores, mas terminará o ano com mais meia centena.

Com uma produção de 600 peças por dia, a candidata destacou o exemplo da Cerâmica de Valadares para dizer que “temos de ser capazes de acreditar em nós próprios; temos de ser capazes de ter auto-estima, porque a auto-estima gera confiança e a confiança permite-nos ultrapassar dificuldades que às vezes nos assustam”. Sublinhando que é preciso investir nesta forma de actuar, Maria de Belém afirmou que o Presidente da República deve olhar para os exemplos de empresas bem-sucedidas e dá-los a conhecer porque eles próprios suscitam depois novos casos bem-sucedidos”.

A pergunta da jornalista era inevitável: ”O país está com baixa auto-estima nesta altura?” A resposta não a comprometeu politicamente. “De certa forma ficou com baixa auto-estima e, portanto, agora é possível dar a volta por cima, como costumamos dizer, e o Presidente da República deve ter aí um papel muito importante.”

Sempre acompanhada do deputado Alberto Martins e do seu mandatário distrital pelo Porto, o médico Júlio Machado Vaz, a socialista, que já presidiu ao partido, elogiou o empenho dos responsáveis pela empresa e a motivação dos trabalhadores para sublinhar que a Cerâmica de Valadares “é um orgulho para todos e mantém o nome de Portugal nos países que exporta”.

No final da visita, a candidata foi questionada: “Sendo Presidente da República, pensa manter o actual modelo de convidar empresários para visitas ao estrangeiro ou acha que é necessário ser selectivo e analisar bem as contas para não sobrecarregar o orçamento da Presidência?

“Selectivo deve ser-se sempre, porque quando o Presidente da República viaja com empresários deve querer que esses empresários produzam bens de qualidade e que os produtos sejam bandeira do país e, portanto, nesse aspecto deve ser selectivo do ponto de vista do que deve ser sublinhado”, disse, deixando uma sugestão, baseada na sua própria experiencia de Governo.

“O Presidente da República pode fazer essas viagens e acontecer o que eu fazia, por exemplo, no Ministério da Saúde, em que aqueles que me acompanhavam pagavam as suas despesas. Portanto, pode ser um modelo dessa natureza, porque uma viagem dessas pode entrar nos custos das empresas, escusa de entrar nos custos do erário público e provavelmente será um modelo a explorar.”

Da agenda do terceiro dia da campanha de Maria de Belém, que decorreu em quatro concelhos do Norte: Porto, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, fizeram ainda parte visitas ao Instituto Português de Oncologia e à Unidade Local de Saúde, que funciona no Hospital Pedro Hispano, que foi inaugurado por si enquanto ministra da Saúde.

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