Platini abandona corrida à presidência da FIFA

Em entrevista ao L'Equipe, o ex-presidente da UEFA diz que quer concentrar-se na sua defesa, depois de ter sido banido do futebol por oito anos.

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“Quando Blatter se retirou, recebi 150 apoios declarados" FABRICE COFFRINI/AFP

Michel Platini desistiu de ser candidato à presidência da FIFA, cujas eleições se realizam a 26 de Fevereiro. A intenção foi revelada numa entrevista ao jornal L’Equipe que será publicada nesta sexta-feira, em que o antigo futebolista francês diz que se vai concentrar na sua defesa, depois de ter sido suspenso por um período de oito anos de toda a actividade ligada ao futebol.

“Já não posso mais. Não tenho tempo, nem os meios para estar com os eleitores, de me encontrar com as pessoas, de me bater com os outros. Ao retirar-me da corrida, faço a escolha de me dedicar à minha defesa”, declarou o ex-presidente da UEFA.

Platini foi recentemente punido pela Comissão de Ética da FIFA com uma suspensão de oito anos, tal como Sepp Blatter (ex-presidente da FIFA), por suspeitas de corrupção num pagamento de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) feito por Blatter a Platini, no ano de 2011, relativo a serviços prestados à FIFA pelo francês alguns anos antes.

Quando anunciou a sua candidatura, Platini era considerado o grande favorito à sucessão de Blatter e, a acreditar no que o francês diz na entrevista ao L’Equipe, teria grandes hipóteses de ganhar à primeira volta. “Quando Blatter se retirou, recebi 150 apoios declarados. Uma centena de cartas oficiais de federações e 50 de promessa de apoio. Tudo em dois dias. Agora, tenho de me ocupar dos recursos e estar atento a todos os procedimentos”, declarou Platini, que ainda pode recorrer desta decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto.

Sem Platini, são cinco os candidatos à liderança do organismo que tutela o futebol mundial: o  suíço Gianni Infantino, braço direito de Platini e secretário-geral da UEFA; o francês Jérôme Champagne; o jordano Ali Bin Al Hussein, de Salman bin Ebrahim Al Khalifa, do Kuwait; o sul-africano Tokyo Sexwale.

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