Milk

Compreendem-se algumasreacções semi-desiludidascom o "tradicionalismo" de"Milk", por oposição ao"vanguardismo" da sequência("Gerry", "Elephant", "LastDays", "Paranoid Park") deque van Sant vinha.Mas tenhamosem contaumasingularidade do cineasta, o àvontadecom que saltita entre o"centro" e a "margem", entre a"experiência" e a "convenção".

"Milk" mergulha na tradição, é umfacto, mas mergulha em cheio: ahistória de Harvey Milk é contadacomo uma "saga americana",narrativa clássica descendente detantas outras narrativas clássicas (oindividualismo posto ao serviço deuma comunidade: isto é a narrativacinematográfica americana porexcelência). Também se pode dizerque para a história de "Milk" orealizador queria, simplesmente,um legibilidade mais clara do que ados seus últimos filmes. Seja comofor, é impressionante a precisão e aforça com que van Sant preenche oespaço da convenção, a flutuaçãoentre a euforia de um sucesso"exemplar" e a melancolia sacrificial(mesmo nostálgica: ver o tratamentodas imagens de arquivo) que atempera. E Sean Penn é,obviamente, fabuloso.

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