Ruptura

A amoralidade da justiça como tela para algo que, mais do que um "thriller", é uma espécie de fábula sobre o amadurecimento e o sentido de responsabilidade individual - o arco da personagem de Ryan Gosling vai do ponto em que ele só quer ser um bom advogado até ao momento em que só quer ser um advogado justo.

Hoblit, que vem da televisão, dá ao filme uma estrutura compacta, sem grandes amparos e muito poucapalha. Mas é a presença de Gosling (actor extraordinário, de facto) que acaba por decidir o filme, conferindo-lhe uma inquietante mistura de sonolência e tensão. E para o perceber basta comparar com a presença de Hopkins, absolutamente banal nos seus esteréotipos de "grande actor" afazer de "vilão".

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