O que é verdade é que é por ela, e por muito pouco mais, que vale a pena ver este filme. A inflexão de tom e de âmbito aqui em relação aos filmes precedentes de Haneke deixa bem visível o academismo envergonhado do austríaco: é um filme linear, sem mistério, nem segredos, nem sequer zonas de sombra. Vê-se tudo, e há coisas que quando se vêem se tornam apenas grotescas - as cenas com a mãe (Annie Girardot) são de um ridículo atroz. Como exercício, compare-se "A Pianista" com "Malina", de Werner Schroeter, também com Isabelle Huppert num papel "extremo" e em vários pontos aproximável ao que tem aqui. Depois, tirem-se conclusões.
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