Fantasia 2000

Estamos longe da expressividade poética e da imaginação quase visionária do "Fantasia" dos anos 40, mas este "Fantasia" do ano 2000, apesar de consideravelmente mais brando (e mais desequilibrado) do que o seu antecessor, guarda muito boas razões para ser visto. A variedade estilística (e musical) dos diferentes segmentos propõe uma série de alternativas válidas à estagnada "linha Disney", ao mesmo tempo que "arranca" o desenho animado à obrigação de contar uma história mais ou menos infantil - o que é raro na animação "mainstream" e ainda mais raro no panorama de banalidade em que caíram as produções dos estúdios de animação da Disney. Se os segmentos intermédios se dispensavam, e parecem existir sobretudo por vontade de respeitar a matriz original, há sequências (por exemplo, o "clip" de "Rhapsody in Blue") que fogem a todos os estereotipos figurativos habituais, e isso vale sempre a pena.

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