Filmar um "angst" contemporâneo e urbano, através de uma história de sexo e obsessão, uma coisa e outra vistas como forma de preencher um qualquer vazio existencial. Podia ser uma espécie de documentário, acaba por descambar para terrenos perigosamente próximos da auto-paródia ? e de resto, há momentos em que o "flirt" de Cédric Kahn com um registo cómico mais parecem o resultado de uma tentativa desesperada de dar a volta por cima e de se reencontrar com um filme que muito cedo se perde. Francamente, "O Tédio" é um filme à beira de um irredimível ridículo, muito mais provinciano do que quer fazer crer. E em face da falta de imaginação da "mise-en-scène" de Cédric Kahn fica-se sem perceber por que motivo é ele apontado como um dos mais promissores cineastas franceses da actualidade. No desconhecimento do resto da sua obra, é de pensar que "O Tédio", afinal, não passa de um grande equívoco.
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