Um planeta chamado Eduardo Mendoza

O escritor catalão Eduardo Mendoza é o vencedor do Prémio Planeta 2010, atribuído pelo grupo editorial espanhol Planeta ao romance “Riña de gatos”, que Mendoza escreveu sob o pseudónimo de Ricardo Medina.

Criado pelo presidente do grupo, José Manuel Lara Hernández, e entregue desde 1952 a um romance inédito escrito em espanhol, o galardão, no valor de 601 mil euros, é o segundo maior do mundo, a seguir ao Nobel, que atribui um milhão de euros.

A decisão do júri, composto por Ángeles Caso (vencedora do ano passado), Alberto Blecua, Juan Eslava Galán, Pere Gimferrer, Carmen Posadas, Rosa Regas e Carlos Pujol, foi anunciada hoje à noite durante um jantar literário realizado no Palácio de Congressos da Catalunha.

“Riña de Gatos” conta a história de um jovem inglês especialista em pintura espanhola antiga que, na primavera de 1936, quando em Madrid já se anuncia o que será a Guerra Civil, viaja até Espanha para atestar a originalidade de um Velázquez desconhecido,. "É um livro sério que coloca ao leitor dilemas morais, levando-o a posicionar-se sobre muitas coisas”, diz o escritor, citado pelo El País.

Eduardo Mendoza, nascido em Barcelona em 1943 e licenciado em Direito, chegou às letras espanholas com a publicação, em 1975, de “A Verdade Sobre o Caso Savolta”, romance unanimemente aclamado. Escreveu-o em Nova Iorque, onde estava há dois anos a trabalhar como tradutor na ONU, e o título original da obra era “Os Soldados da Catalunha”, mudado por causa da censura.

Mendoza publicou depois romances como “A Cidade dos Prodígios” ou “O Ano do Dilúvio”, tendo também feito incursões pelo teatro, o ensaio e o cinema.

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