The xx vencem o Mercury Prize

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A banda londrina considerou o prémio a derradeira surpresa num ano Foto: Suzanne Plunkett/Reuters

Nos últimos dias, ultrapassados nas casas de apostas pelo veterano Paul Weller, tinham deixado de ser favoritos, mas a cerimónia na noite de ontem no Grosvenor House Hotel, em Londres, consagrou-os. Os xx foram os vencedores do Mercury Prize, prestigiado prémio que distingue o melhor álbum britânico do ano, destacados numa lista que incluía, além de Weller, Dizzee Rascal, Wild Beasts ou Biffy Clyro.

A escolha da banda, que editou em 2009 o seu álbum de estreia homónimo, foi resumida numa palavra por Simon Frith, presidente do júri: “atmosfera”. Citado pelo Guardian, Frith acrescentou: “[o disco] tem um sentido emocional e de atmosfera impressionante e não existe verdadeiramente nada como ele.”

A banda londrina formada pelos amigos de infância Romy Madley Croft, Ollie Sim e Jamie Smith, que se viu catapultada no final de 2009 para várias listas de melhores do ano da imprensa musical mundial, considerou o prémio a derradeira surpresa num ano já de si surpreendente. “Tivemos o mais incrível dos anos e sentimos como se todos os dias acordássemos para algo ainda mais incrível do que esperávamos”, declarou Sim no discurso de agradecimento.

Presume-se que a distinção, como aconteceu com os Portishead, PJ Harvey ou os Klaxons, vencedores no passado, aumente ainda mais o protagonismo dos autores de “Islands”.

Quanto ao prémio monetário de 20 mil libras [cerca de 24 mil euros], já terá aplicação destinada. Os xx não terão que gravar um segundo álbum numa garagem remodelada do tamanho de uma casa de banho, como aconteceu no primeiro. “Gostaríamos de construir o nosso próprio estúdio”, confessou Romy Madley Croft.

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